Origens da Família Freitag
Henrique Freitag deixou a Polônia (Pinsk), partindo do porto de Brehemen rumo à América. Henrique Freitag (Tzvi) nasceu aos 15 dias do mês de dezembro de 1903. Filho legítimo de Abrahão Freitag (Avrun), comerciante de 1864 a 1942, e de Bela Carper Freitag (Bélia), de afazeres domésticos de 1864 a 1944. Ele era neto paterno de José Freitag (Yoisef), de 1857 a 1928, e de Dora Carper Freitag (Devoira), de 1860 a 1915, ambos judeus alemães, e maternos de Jacob Carper (Yacov), de 1832 a 1916, e Dora Carper, de 1836 a 1885, ambos judeus poloneses.
Depois de quase dois meses de viagem, na terceira classe, trazendo consigo o talit, tefilim, shofar e livros de orações, o vapor em que viajava atracou no porto do Rio de Janeiro no ano de 1925. Como o desembarque de imigrantes do leste europeu estava limitado por cotas, somente Henrique Freitag desembarcou no Brasil. Os irmãos, quatro? teriam seguido para Nova York.
Depois de um período de quarentena na Ilha das Flores, Henrique passou a trabalhar no Rio de Janeiro, como garçom e caixeiro em casa comerciais de compatriotas. Estudando nas horas de folga, conseguiu concluir o curso primário. Em meados de 1930, veio para Porto Alegre, onde trabalhou como gravatinik, e posteriormente como caixeiro, no estabelecimento comercial de Miguel Platzmann, e passou a residir na rua Santana, 366.
Em 24 de fevereiro de 1932, então com 29 anos, casou-se com Paulina Platzmann (Perel), (filha de Miguel), tendo se divorciado um ano após, não havendo filhos destas núpcias. Como a maioria das famílias de imigrantes judeus estavam vindo para o interior – Quatro Irmãos e José Bonifácio, resolveu vir para esta última localidade. Lá chegando, começou a trabalhar no estabelecimento comercial de Salomão Matone (Zalman), tendo em 1936 casado com Rosa Matone (Rishe Matuna) filha de Salomão.
No mesmo ano, transferiu residência para Passo Fundo, onde na rua XV de novembro, 1397, instalou no dia 7 de junho de 1936 a “Casa Henrique”, comércio de fazendas, secos e molhados, armarinhos e miudezas em geral. Na época, o seu capital era de cinco mil contos de réis. Em 1942 ficou viúvo. (destas núpcias ficou um filho). No ano seguinte casou com Celina da Cunha natural de Palmeira das Missões. (destas núpcias ficaram 5 filhos).
Henrique dedicou toda a sua vida ao comércio, tendo se estabelecido ainda, com loja de fazendas e confecções em geral na rua Fagundes dos Reis travessa com Júlio de Castilhos; na rua Independência em frente ao Quartel do Corpo de Bombeiros; com casa de chopp na General Neto próximo ao Fórum; na rua Bento Gonçalves, 844 com bar, fiambreria e sorveteria; na mesma rua 680, com Mercado Ao Henrique, em outros locais, e finalmente com bar e armazém Estrela na rua Morom 969.
Henrique Freitag, foi um dos grandes batalhadores e incentivadores juntamente com outros comerciantes para fundação da Associação dos pequenos varejistas. Em Janeiro de 1971, já aposentado, sentiu-se mal tendo sido internado às pressas no Hospital da Cidade, onde uma semana após veio a falecer vítima de colapso cardíaco no dia 5 de janeiro daquele ano. O passamento do senhor Henrique Freitag, foi por demais sentido em todas as camadas sociais, principalmente por seus patrícios, fregueses e amigos. O corpo do saudoso comerciante está sepultado no Cemitério da Sociedade União Israelita na Vila Vera Cruz. Eis o probo, o amigo leal, o homem dotado de uma indômita força de vontade que aventurou-se em busca de um mundo novo.