O costume de colocar uma pedra tumular (Matzeivá em hebraico) remonta aos tempos dos nossos patriarcas: “E erigiu Jacob um monumento (Matsevá) sobre a sua (de Rachel) sepultura” (Gênesis 35:20)
É um ato de respeito pelo falecido, marcando visivelmente o local do sepultamento, asseguramos que os mortos não serão esquecidos, e sua sepultura não será profanada.
Deve ser realizada entre 30 dias e 11 meses após o sepultamento e geralmente acontece em alguma manhã de domingo.
Esta é de responsabilidade dos filhos e demais parentes. Caso o falecido não tenha parente próximo com condições de fazê-la, passa a ser responsabilidade da Chevra Kadisha (Sociedade Sagrada) local.
Segundo o livro de Bereshit (Gênesis), a pedra tumular é um ato de reverência e respeito ao falecido e que busca perpetuar este local sagrado.
A Matzeivá é uma lápide judaica, que significa "monumento" em hebraico. A tradição judaica recomenda que a lápide seja simples, sem ostentação, para simbolizar que a morte nivela todas as diferenças, pois se havia diferenças em vida, elas são eliminadas na morte.
Aqui marca o local do sepultamento e garante que o falecido não seja esquecido.
Sobre esta pedra deve se escrever o nome do falecido, a data de seu falecimento e as palavras: ‘Tehí nishmatô tzrurá bitzrôr hachayim’. ‘Que sua alma esteja ligada à corrente da vida”.
“Segundo o pensamento judaico, a morte não é o fim, senão o princípio. O judaísmo considera este mundo um corredor, uma preparação para o Mundo Vindouro.“
A Chevra Kadisha (Sociedade Sagrada) é responsável por verificar o texto da Matzeivá, para garantir que não contenha erros ou louvores excessivos. A responsabilidade da manutenção da Matseivá é dos parentes próximos, ou da Chevra Kadisha na falta de parentes.
Alguns costumes do descerramento da Matseivá: No dia da inauguração da Matseivá, costuma-se visitar o túmulo, de preferência na presença de um Minyan, um quórum de dez judeus adultos que é necessário para realizar algumas obrigações religiosas.
Recita-se Tehilim ( Salmos), sendo que alguns costumam acrescentar as iniciais da palavra Matseivá, no Salmo 119 com as letras: mem, tsadi, bêt e hê.
Existem várias orações especiais a serem ditas na hora de colocar a Matseivá, sendo que cada um deve seguir o costume do seu oficiante e de sua Kehilá (comunidade).
Segundo a Cabalá, a Matseivá propicia abrigo para uma pequena fração da alma que paira sobre o túmulo.
Remonta à época dos Patriarcas o costume de visitar-se o túmulo dos familiares falecidos. Segundo a Cabalá, a alma do falecido é confortada, espiritualmente, quando seus filhos, familiares ou amigos vêm ao seu túmulo orar por ela e pelo seu repouso.
É uma grande honra aos familiares e amigos presenciarem este momento de homenagem ao falecido pelo oficiante que se esmera e dedica o tempo com muito respeito e grande emoção.
*Chevra Kadisha* - Cemitério Israelita de Passo Fundo/RS
*Chevra Kadisha significa Sociedade Sagrada em aramaico. As primeiras 'Chevrot Kadishot' surgiram no século 14 na Espanha e na Alemanha com o exclusivo propósito de cuidar dos mortos, conforme a tradição e a lei judaicas e os princípios da 'Guemilut Hassadim' (caridade).