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08/12/2024

DESCOBERTA DE MATZEIVÁ

O costume de colocar uma pedra tumular (Matzeivá em hebraico) remonta aos tempos dos nossos patriarcas: “E erigiu Jacob um monumento (Matsevá) sobre a sua (de Rachel) sepultura” (Gênesis 35:20)             

É um ato de respeito pelo falecido, marcando visivelmente o local do sepultamento, asseguramos que os mortos não serão esquecidos, e sua sepultura não será profanada.
         
Deve ser realizada entre 30 dias e 11 meses após o sepultamento e geralmente acontece em alguma manhã de domingo. 

Esta é de responsabilidade dos filhos e demais parentes. Caso o falecido não tenha parente próximo com condições de fazê-la, passa a ser responsabilidade da Chevra Kadisha (Sociedade Sagrada) local.

Segundo o livro de Bereshit (Gênesis), a pedra tumular é um ato de reverência e respeito ao falecido e que busca perpetuar este local sagrado.

A Matzeivá é uma lápide judaica, que significa "monumento" em hebraico. A tradição judaica recomenda que a lápide seja simples, sem ostentação, para simbolizar que a morte nivela todas as diferenças, pois se havia diferenças em vida, elas são eliminadas na morte.

Aqui marca o local do sepultamento e garante que o falecido não seja esquecido.

Sobre esta pedra deve se escrever o nome do falecido, a data de seu falecimento e as palavras: ‘Tehí nishmatô tzrurá bitzrôr hachayim’. ‘Que sua alma esteja ligada à corrente da vida”.

Segundo o pensamento judaico, a morte não é o fim, senão o princípio. O judaísmo considera este mundo um corredor, uma preparação para o Mundo Vindouro.

A Chevra Kadisha (Sociedade Sagrada) é responsável por verificar o texto da Matzeivá, para garantir que não contenha erros ou louvores excessivos.  A responsabilidade da manutenção da Matseivá é dos parentes próximos, ou da Chevra Kadisha na falta de parentes.

Alguns costumes do descerramento da Matseivá: No dia da inauguração da Matseivá, costuma-se visitar o túmulo, de preferência na presença de um Minyan, um quórum de dez judeus adultos que é necessário para realizar algumas obrigações religiosas.

Recita-se Tehilim ( Salmos), sendo que alguns costumam acrescentar as iniciais da palavra Matseivá, no Salmo 119 com as letras:             mem, tsadi, bêt e hê.

Existem várias orações especiais a serem ditas na hora de colocar a Matseivá, sendo que cada um deve seguir o costume do seu oficiante e de sua Kehilá (comunidade).

Segundo a Cabalá, a Matseivá propicia abrigo para uma pequena fração da alma que paira sobre o túmulo.

Remonta à época dos Patriarcas o costume de visitar-se o túmulo dos familiares falecidos. Segundo a Cabalá, a alma do falecido é confortada, espiritualmente, quando seus filhos, familiares ou amigos vêm ao seu túmulo orar por ela e pelo seu repouso.
É uma grande honra aos familiares e amigos presenciarem este momento de homenagem ao falecido pelo oficiante que se esmera e dedica o tempo com muito respeito e grande emoção.

*Chevra Kadisha* - Cemitério Israelita de Passo Fundo/RS

*Chevra Kadisha significa Sociedade Sagrada em aramaico. As primeiras 'Chevrot Kadishot' surgiram no século 14 na Espanha e na Alemanha com o exclusivo propósito de cuidar dos mortos, conforme a tradição e a lei judaicas e os princípios da 'Guemilut Hassadim' (caridade).
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