No dia 10 de abril de 2017 ou 14 de Nisan de 5777 conforme o calendário hebreu foi realizado na “Sinagoga Abrahão Melnick” um jantar especial chamado de Sêder de Pessach junto à Comunidade Israelita de Passo Fundo.
Momento em que se comemorou a Chág haPessach, conhecida como a “Festa da Páscoa Judaica” ou “Festa da Libertação” e que tem como fundamento na tradição judaica celebrar a fuga do povo judeu que vivia como escravo no Egito.
Durante esse período ou judeus são proibidos de consumir alimentos fermentados e há a obrigação de comer o Matzá (tipo de pão assado sem fermento, podendo também ser chamado de pão ázimo), feito de farinha e água.
Comer Matzá na noite do Sêder é considerado uma Mitzvá positiva, ou seja, um mandamento.
Esse evento contou com um bom número de pessoas da Comunidade local, sendo que o Líder Espiritual da Comunidade Israelita, Sr. Berel Natan Engelman convidou e permitiu que o vice-presidente Renato A. Freitag, ajudado pelo jovem Eli Maruani fizessem toda a leitura e narração da Hagadá de Pessach (texto utilizado para os serviços da noite de Pessach, contendo a leitura da história da libertação do povo de Israel do Egito conforme é descrito no Livro do Êxodo).
Mais uma vez se pode ver a união e força desta pequena, porém valorosa Comunidade que juntos buscam preservar esta tradição de mais de 3.300 anos e que cada geração em seu tempo tem a oportunidade de refletir sobre essa magnifica história de Pessach, que na tradução hebraica significa “passar” ou “pular”, ou seja, da escravidão para a liberdade.
Pessach é mais que um jantar festivo com suas simbologias, é o símbolo da luta pela liberdade, dos oprimidos que sofreram com a fome e a miséria junto aos seus opressores e é por isso que a Hagadá de Pessach inicia com as seguintes palavras: “Este é o pão da aflição que nossos ancestrais comeram no Egito. Deixe que todos os famintos venham e comam.”
Todos os judeus neste momento devem lembrar que ainda e infelizmente há muitos seres humanos subjugados pela tirania, com a opressão, com a fome e a miséria. Portanto, somos muito gratos a D’us pela nossa tão sonhada liberdade, mas descendemos desse povo milenar que busca não somente a liberdade da opressão, mas da liberdade de culto, da liberdade de poder ir e vir sem sermos molestados pelo fato de pertencermos a uma religião milenar e a primeira monoteísta, aquela que acreditou em um único D’us e não em deuses através do nosso Patriarca Avraham que viveu cerca de 4.000 anos atrás. Que a cada ano possamos celebrar esta data com mais alegria e consciência de que todos os povos merecem e precisam viver unidos como irmãos, respeitando-os mutuamente e valorizando seus princípios filosóficos e suas tradições.
Nesta noite também foi de agradecimento ao Sr. Daniel Winik por ter presidido a Sociedade União Israelita de Passo Fundo por 25 anos consecutivos e que agora em seu lugar toma a posse o Sr. Berel Natan Engelman que ficará à frente desta Comunidade.
Sendo Pessach, a festa mais importante do calendário judaico tem também a essência em fazer com que a cada geração, cada judeu deve se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito: “Você deverá contar aos seus filhos, neste dia, “D’us fez estes milagres para mim, quando eu saí do Egito...”
Chag Herut Sameach! Feliz Festa da Liberdade!
Shalom! ( Paz!)